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Cerveja de mandioca, catchup de acerola, tijolo de açai e coca cola plus café. O que esperar em 2019

Seja de um laboratório de uma multinacional ou de um projeto de grupo de estudantes, o mercado tem muitas chances de ter novos produtos em breve, com produção em larga escala, distribuição nacional e possibilidade de exportação


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A CNA espera que o crescimento econômico seja de 3% em 2019. A entidade está mais otimista que o mercado, que aguarda expansão de 2,53% neste ano.






Coca Cola Plus Expresso


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Novo refrigerante da Coca-Cola pode aumentar a demanda de café conilon no ES

A Coca-Cola anunciou recentemente o seu mais novo refrigerante, a Coca-Cola Plus Café Espresso, que vai conter 40% a mais de cafeína e também irá reduzir a concentração de açúcar pela metade.


O café conilon é a principal novidade entre os ingredientes da bebida, o que aumenta a expectativa dos cafeicultores em todo o Espírito Santo. 


Degustador de café e vice-presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, o deputado federal Evair de Melo (PP-ES) comentou sobre o impacto da produção do novo refrigerante no mercado cafeeiro: “por conta da produção em grande escala, a expectativa com o lançamento da bebida é o aumento da procura pelos grãos do nosso estado, maior produtor do país, movimentando toda a cadeia produtiva”. 

O parlamentar destacou a busca pelo aumento da qualidade do conilon, resultado do trabalho intenso dos produtores, apoiados pela pesquisa e a tecnologia desenvolvida no Espírito Santo, uma referência para o mundo.


“O conilon capixaba abre novos mercados. Somos a nação que mais consome café em todo o mundo. Se a bebida agradar os brasileiros, teremos a chance de ampliar o número de consumidores de nosso produto colocando os cafeicultores do estado em uma posição de maior destaque”. 

Evair é autor do Projeto de Lei 1712/15, que está Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e estabelece medidas de restrição às importações de café verde (in natura ou grão cru) produzidos em países que não observem normas e padrões de proteção do meio ambiente compatíveis com as estabelecidas pela legislação brasileira. O parlamentar também é autor do PL 1713/15, que institui a Política Nacional de Incentivo à Produção de Café de Qualidade, que visa gerar valor ao café com sustentabilidade ecológica e econômica. O Projeto já aprovado na Câmara está sendo apreciado pelo Senado Federal.


Tijolo de Açaí


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Pesquisa usa caroço de açaí como fonte de energia para produzir tijolos


Um grupo de três estudantes e um professor do Curso Técnico em Florestas do Instituto Federal do Maranhão (IFMA) Campus Imperatriz acharam uma solução viável para o uso do caroço descartado pelos pontos de venda de açaí na cidade. Eles testaram a utilização do material no lugar da lenha como fonte de energia na queima para a produção de tijolos de cerâmica. A pesquisa foi apresentada em setembro de 2018 no espaço do Planeta Tech, no Universo IFMA, realizado em São José de Ribamar.


A pesquisa intitulada “Caroço de açaí como fonte de energia alternativa na produção de tijolos nas olarias da cidade de Imperatriz-MA” foi desenvolvida pelo professor Roberto Peres da Silva, que é químico, e pelos alunos Daniele Barros, Higor de Amorim e Karollyne Lima. Eles queriam achar uma destinação mais adequada para os caroços, que costumam ser armazenados em sacos e entregues à coleta da cidade para serem depositados em aterros ou, ainda pior, descartados irregularmente em terrenos baldios.


Os estudantes resolveram, então, testar o uso desse material na produção de tijolos artesanais de cerâmica, já que Imperatriz é polo de fabricação do produto. Para a equipe, os resultados da pesquisa foram satisfatórios.


“O caroço de açaí se mostrou 20% mais eficiente que a lenha. O poder calorífico dele é bem maior. Conseguimos produzir um milheiro de tijolos com apenas 0,82m³ de caroço de açaí, enquanto que para produzir a mesma quantidade de tijolos, gastamos mais, 1m³ de lenha”, explicou Daniele Barros.

Além disso, os alunos também descobriram que poderiam incorporar as cinzas da queima do caroço de açaí aos próprios tijolos. “O tijolo com cinza de caroço de açaí se mostrou mais resistente em testes de prensa. Acreditamos na viabilidade, pois a produção artesanal poderia garantir a absorção dos caroços descartados e ainda baratear o custo da fabricação”, relatou Higor de Amorim.



Catchup de Acerola


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Brasileiros criam ketchup nutritivo de acerola, beterraba e abóbora


Imagine um molho denso, vermelho e levemente adocicado para saborear com seu sanduíche favorito ou batata frita. Rapidamente pensamos em ketchup. Agora, imagine esse molho com as mesmas características, mas feito com frutas e legumes naturais e livre de aditivos químicos e corantes. Essa é a proposta do Natchup, desenvolvido pela Universidade Federal do Ceará (UFC). No lugar do tomate, são usadas a acerola, a beterraba e a abóbora, que são abundantes no Nordeste.


A professora Lucicléia Barros, chefe do Departamento de Engenharia de Alimentos da UFC, conta que a ideia nasceu em 2016, quando os estudantes de graduação Bárbara Denise, Carolinne Filizola e Thiago Tajra queriam desenvolver um produto saudável e funcional, rico em vitamina C e livre de defensivos agrícolas, como atividade da disciplina Aspectos Básicos do Processamento de Frutos Tropicais.


"Pensamos em fazer um molho parecido com o ketchup, que é muito popular principalmente entre os jovens, mas que fosse feito a partir de um fruto e tivesse as mesmas características sensoriais. De imediato, a acerola foi a primeira cotada por ser antioxidante e rica em vitamina C. A abóbora entrou no sentido de dar a consistência do produto e por ser rica em fibras. Ficou faltando a cor e chegamos à beterraba pelo potencial corante e por também ser rica em antioxidantes."

A ideia virou projeto de pesquisa a partir de uma bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e passou por 21 formulações para resultar no produto atual. Os três estudantes se formaram, mas a pesquisa continuou com outros professores e estudantes da UFC.


Prêmio internacional


O Natchup é um dos dois alimentos brasileiros que receberam o selo Innovation Sial 2018, concedido em outubro durante o Salão Internacional de Alimentação (Sial), realizado em Paris, e será comercializado pela empresa cearense Frutã durante cinco anos, conforme parceria estabelecida com a universidade. Parte dos recursos arrecadados com a venda do Natchup será revertida para a UFC e para entidades sociais.


A aliança entre a universidade e a empresa aconteceu no início da pesquisa. "Quando provei o molho, pensei: 'esse produto vai estourar no mundo'. Ele é à base de acerola, que pode ser cultivada toda de forma orgânica, com menos da metade do açúcar e sódio presentes no ketchup. Ou seja, é um produto para consumir sem culpa e, além de tudo, é muito gostoso", aposta Ana Patrícia Diógenes, sócia-diretora da Frutã, que aconselha ainda que outras empresas façam parcerias com instituições de ensino e pesquisa para o desenvolvimento de produtos inovadores.


O Natchup fará parte do portfólio da empresa, que comercializa seus produtos para parte do Brasil e Alemanha, Bélgica, Portugal, Espanha, França e EUA. Segundo Ana Patrícia, durante o salão de alimentação em Paris, dez países já encomendaram o Natchup. O molho já está à venda online e deverá ser disponibilizado nos supermercados a partir do início de 2019.


Cerveja de mandioca


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O trunfo da Ambev para reconquistar o povão: cerveja de mandioca

A cervejaria Ambev está de olho nos consumidores de menor renda. Dona de marcas como Skol, Brahma e Stella Artois, e de quase 70% do mercado nacional, a companhia não tinha atuação relevante no mercado de cervejas mais baratas. Agora lança a Nossa, uma cerveja feita de mandioca com preços até 40% menores que os da Skol.


A novidade é uma das apostas da companhia para sair do aperto em que vive o mercado de cervejas, espremido pela crise econômica. Mas a jogada está longe de ser previsível. “É inesperado. O mercado de cerveja está estagnado, e todos estão buscando produtos de maior valor agregado, como as puro malte”, afirma o consultor Adalberto Viviani, especializado no setor de alimentação e bebidas.

Por enquanto, a nova marca está disponível apenas em Pernambuco e busca um apelo regional – a embalagem da Nossa tem as cores da bandeira do estado nordestino e a mandioca usada na fabricação vem 100% de pequenos produtores locais. “Queríamos um produto que gerasse impacto social”, afirma Bruna Buás, diretora de marketing da Nossa. Toda a produção da Nossa é feita em Pernambuco, e é isso que permite que a bebida tenha preços tão competitivos, diz Buás. Outro fator que barateia o produto é opção de vendê-lo apenas em embalagens de vidro, com foco nas de 600 ml retornáveis, aponta relatório do Credit Suisse.

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